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Pauliteiros de Miranda

A origem da dança dos pauliteiros não recebe unanimidade dos estudiosos que sobre ela se debruçaram. O P.e João Manuel de Almeida Morais Pessanha e outros autores atribuem a sua origem à clássica dança pírrica, guerreira por excelência. A dança mirandesa dos paulitos teria origem na dança pírrica dos Gregos mas manifesta também vestígios de danças populares do sul de França e na dança das espadas dos Suíços na idade média. Os romanos seriam os responsáveis pela propagação da dança pírrica a esta região. O Dr. José Leite de Vasconcelos não aceita esta teoria justificando que a dança introduzida em Roma e depois espalhada pelo império nada tinha em comum com a dança pírrica. Na dança pírrica, os dançantes, com armas e escudos de pau, simulavam o ataque a a defesa na batalha, usavam túnicas vermelhas, cinturões guarnecidos de aço e os capacetes dos músicos eram emplumados. Os bailadores colocavam-se em duas filas e dançavam ao som de flauta. O abade de Baçal vê muitas semelhanças entre esta dança e a dança dos pauliteiros tais como a substituição das túnicas pelas saias, o escudo pelo lenço sobre os ombros, os chapéus enfeitados e e a utilização da flauta pastoril. A própria evolução da dança, parece ter muitas semelhanças, com várias partes, perseguição, luta, saltos e a dança da vitória. Algumas das mais famosas danças retractam bem essas semelhanças como seja o Salto do Castelo (saltos) e o vinte cinco de roda (dança da vitória). Em Espanha, a danza de palos, é dançada da Galiza à Estremadura. Segundo o folclorista e musicólogo espanhol Dr. Garcia Matos teria origem na dança da fertilidade. Outros autores espanhóis dizem que a dança é de origem medieval. O sr. P.e Mourinho concluiu que: trata-se de uma dança comum à Península Ibérica; que há nela tradições militares dos povos autóctones, dos greco-romanos, medievais e outras; embora possa ter existido anteriormente terá vindo com o repovoadores do reino de Leão.

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